Por Victorya Pimentel e Thais Jordão
Em meio a tantas aulas, trabalhos para entregar, leituras que parecem não ter fim e inúmeras provas, é difícil que os universitários tenham tempo livre para atividades fora do meio acadêmico. Isso tudo, somado à crescente preocupação com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e aos anseios que circundam o início da vida profissional, faz com que os estudantes acabem negligenciando oportunidades de trabalho voluntário, muitas vezes, por acreditarem ser algo que toma muito tempo e que não se encaixa em suas rotinas ou objetivos profissionais.
Entretanto, é preciso entender que o trabalho voluntário não se contrapõe à rotina universitária, mas complementa a vida acadêmica e profissional. Por meio do voluntariado é possível que jovens assumam o papel de agentes capazes de gerar transformações socioambientais em suas comunidades, o que resulta no desenvolvimento de diversas habilidades importantes para o crescimento pessoal e profissional. Ao interagir com pessoas fora do seu meio social, os voluntários aprimoram a comunicação e as habilidades interpessoais, além de se sentirem cada vez mais confortáveis ao realizarem trabalhos em grupo. Ademais, competências relacionadas à gestão de conflitos, à proatividade e à criatividade também são aprimoradas por meio da participação em trabalhos voluntários.
Além do aprimoramento de habilidades cognitivas, o trabalho voluntário também é responsável pela transformação pessoal. Participar dessas atividades proporciona um sentimento de gratificação e propósito, o que contribui para a realização pessoal do próprio voluntário. Ao ajudar outras pessoas, aqueles que se dedicam ao voluntariado trabalho voluntário são responsáveis por gerar um impacto social em diferentes comunidades. Assim, os voluntários são fundamentais para o aprimoramento da sociedade como um todo, o que acaba se refletindo em uma melhor qualidade de vida para o próprio voluntário.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Zurich comprovou que o voluntariado é associado a menores níveis de estresse, o que melhora a saúde mental e proporciona menos conflitos entre a vida profissional e pessoal. Assim, o voluntário, ao se colocar no lugar do outro, desenvolve maior empatia, solidariedade e altruísmo, fazendo com que o trabalho voluntário não seja apenas uma experiência extracurricular, mas uma experiência de vida.
Tendo em vista a importância do trabalho voluntário na jornada universitária, o Conexão Social busca realizar projetos em diversas áreas para maximizar o impacto social dos alunos da Fundação Getúlio Vargas. Dentro da entidade, há a possibilidade de ser um voluntário, isto é, participar de projetos pontuais doando seu tempo, dinheiro ou divulgação; ou atuar na parte institucional da entidade, compondo a membresia. Assim, além de participarem dos projetos, os membros estão envolvidos também na estruturação, desenvolvimento e planejamento dessas atividades.
Autoria: Victorya Pimentel e Thais Jordão
Revisão: Bruna Ballestero
Imagem de Capa: https://impactosocial.esolidar.com/
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Fontes:
Ramos R, Brauchli R, Bauer G, Wehner T, Hämmig O. Busy yet socially engaged: volunteering, work-life balance, and health in the working population. J Occup Environ Med. 2015 Feb;57(2):164-72. doi: 10.1097/JOM.0000000000000327. PMID: 25654517.
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